Servílio de Oliveira às vezes pode passar desapercebido por várias pessoas. Mas esse senhor é um dos grandes nomes da história do esporte olímpico brasileiro. Servílio fez história no boxe brasileiro ao ganhar a primeira medalha para o país na modalidade e isso já faz 42 anos. A medalha de bronze veio nos jogos olímpicos da Cidade do México em 1968.
O ex-atleta comentou recentemente os Jogos Olímpicos da Juventude, realizados no mês de agosto, e acompanhou as lutas de David Lourenço, que ganhou a medalha de ouro. Mesmo entrando nas estatísticas do COI, ele frisa que David tem talento, mas que a medalha foi no juvenil. E vê com bons olhos as próximas Olimpíadas (Londres 2012 e Rio de Janeiro 2016). Para Servilio, o Brasil tem chances reais de fazer um bom papel e inclusive ganhar medalhas tanto no masculino quanto no feminino. Segundo ele, atletas como David Lourenço, Ewerthon Lopes, Esquiva, entre outros, possuem grande talento, mas precisam adquirir experiência. Mesmo assim, ele faz uma comparação entre os dias de hoje com os dias em que lutava. Segundo ele, o boxe nunca deu dinheiro, mas era mais noticiado, principalmente por jornais. Por isso a dificuldade em achar valores, algo bem mais numeroso antigamente.
Servílio começou a treinar ainda cedo. Aos 12 anos já dava seus primeiros socos motivados pelos pugilistas da época como Valdomiro Pires e principalmente por Eder Jofre. Esse precoce talento ganhou a medalha com apenas 16 anos, mas não conseguiu dar seqüência, pois sua carreira foi interrompida por 4 anos após sofrer um deslocamento de retina, algo que foi se agravando devido às lutas e aos treinos em sua trajetória de atleta. O pódio olímpico veio enquanto era atleta amador, pois Servilio se profissionalizou aos 17 anos. E, segundo ele, essa falta de medalhas olímpicas no boxe não é por falta de incentivo, muito pelo contrário. Há cerca de 4 anos, segundo ele, o governo vem ajudando e muito com projetos como: bolsa atleta e Lei Agnelo Piva. O problema do país é sim creditado à falta de valores, devido ao Brasil ser um país em que o boxe não aparece na lista dos cinco esportes mais praticados, logo os possíveis atletas não têm olhos para o boxe.
Servílio lutou de 1966 a 1972 quando teve sua carreira interrompida por 4 anos e voltou aos ringues de 1976 a 1978. Atualmente é coordenador de boxe da cidade de São Caetano do Sul, além de trabalhar como comentarista de boxe em competições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário