Um final pouco provável aconteceu ontem no Engenhão. Desesperado por uma vitória no seu último jogo em casa pela primeira fase da Libertadores, os dois próximos confrontos são longe de casa. O Fluminense recebeu o América do México e, de virada, ganhou o jogo com muito sofrimento, com direito a gol aos 42 minutos do segundo tempo. Apesar da vontade, não consegui assistir o jogo, exceto pelos últimos dez minutos, por isso não posso comentar os noventa minutos.
Mas quero destacar outro lado. O Fluminense, no começo do campeonato, foi considerado um dos favoritos ao título. Elenco e a conquista do último campeonato brasileiro o credenciaram a isso. Mas o time não emplacou na Libertadores e com dois empates e uma derrota, quase o eliminaram da segunda fase, mesmo ainda restando três jogos para o final da fase de classificação. A conta é simples: Três jogos, três vitórias. E com toda turbulência que ronda as Laranjeiras, tarefa fácil se torna complicado, imagina tarefa difícil.
O Flu começou perdendo ontem após falha de Ricardo Berna com Digão, empatou com Gum e voltou a ficar em desvantagem, após mais um lance atrapalhado de Digão. Araújo empatou e Deco virou. A torcida, SEM SOMBRAS DE DÚVIDAS, foi ao delírio pela vitória épica. O papel da torcida é esse. Ela sim tem que se contagiar não importa a fase. Ela sente um misto entre ódio e amor. Mas a comemoração excessiva que os jogadores do Fluminense fizeram após a partida foi lamentável. Um time rodado, com jogadores diferenciados, não pode comemorar daquele jeito. Além disso, as declarações dadas dão a entender que todos os problemas foram superados e que essa vitória foi suficiente para apagar os vexames. Se a classificação tivesse ocorrido ontem, ok. Mas não. O tricolor carioca continua na UTI em estado crítico.
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